Uma
live, duas irmãs. Esse foi o tom do bate papo de hoje, conduzido pela mentora
Marcia Glogowski com sua irmã Nellie Solitrenick. Fazer lives também significa
compartilhar nosso conhecimento em comunicação. Ainda mais com alguém da
família, iniciou Marcia, mentora do Coletivo.
Com
45 anos de atuação profissional, foi a primeira live de Nellie Solitrenick. Fotógrafa, com especialização em
Gerontologia e Fotografia Terapêutica, ela trabalhou na Editora Abril, na revista
Veja, para a qual fez várias coberturas internacionais, como a Copa do Mundo de
1994 e a Olimpíada de Seul em 1988. O que a fez muito feliz! Também foi
correspondente da revista Caras em Nova York e teve a honra de fazer a
cobertura de uma premiação do Oscar!
Ao voltar ao Brasil em 1996,
especializou-se em fotografia de casamentos e família, atividade que
desenvolveu a partir da experiência de cobertura de casamentos pela Editora
Abril. “Sempre gostei de fazer foto de casamento. Fiz revistas no segmento de
noivas, ensaio de grávidas, ou seja, de todos os momentos da vida.”
Prestou o segundo vestibular
com 54 anos para cursar gerontologia. Não entrou e escolheu enfermagem para ter
graduação na área. Formou-se e fez pós em gerontologia. Na última década, vem
se dedicando a estudos na área da saúde, unindo a fotografia a trabalhos de
memória.
Hoje atua na fotografia da família e na arteterapia para juntar saúde e
fotografia, por meio da fotografia terapêutica. Antes da pandemia, estava
fazendo atendimento terapêutico para oito senhoras idosas. Que vigor, de fato
em exemplo para qualquer empreendedor que não se intimida pela idade!
Comunicação
e novos empreendimentos
“Vivendo 12 anos o
Alzheimer de minha mãe e observando os serviços de busca para as noivas, criei
o Gerobusca, que é uma plataforma de busca para produtos e serviços para idosos
- http://www.gerobusca.com.br/.”
“Ele foi lançado no
começo da pandemia e, por isso, incluímos informações completas sobre a covid-19”,
explica Nellie. Para divulgar o Gerobusca, “trabalhamos nossa rede de contatos
da família, fizemos um soft opening via WhatsApp, depois publicamos nos faces
de nossas páginas pessoais e mais pra frente montamos a página do Gerobusca no
Face. Mandamos um release para a imprensa também e fomos reconhecidos pela
Sonia Racy, colunista do Estadão, que deu uma notinha sobre o portal.”
“Somos facilitadoras
para quem procura produtos e serviços para a maturidade. O Gerobusca encurta
caminhos. A nossa ideia é que o Gerobusca seja o Trivago para a maturidade.”
Nosso público são pessoas a partir de 60 anos, mas ele serve para qualquer
pessoa. Para aparecer no Gerobusca, basta ter um site.
Nada como navegar nas
redes para aprender
“O Nizan Guanaes
afirmou que o futuro é o WhatsApp. Eu duvidei, mas hoje acordei com uma amiga
me avisando pelo WhatsApp que eu a seguisse no Instagram. Ela usou o WhatsApp
como canal de marketing e para mim funcionou bastante. Estou aprendendo e
recomendo que todos que desejam empreender, contratem serviços profissionais de
comunicação. O design certo e a mensagem certa são muito importantes.”
A maturidade está na
rede
“O público mais velho
está no Facebook. Quem segue a gente no Instagram são profissionais da área
ILPI – Instituição de Longa Permanência para Idosos, os filhos dos idosos, estudiosos de gerontologia e profissionais da
área. Temos que fazer uma comunicação intergeracional.”
“Focamos
nas redes e às vezes esquecemos que o mais importante é chamar público para o
site, para que usem nossos serviços. Nossa maior preocupação para criá-lo foi
ser fácil para navegar, com letras grandes. Temos espaço para anúncios no
Gerobusca e imaginamos capitalizar mais isso, após a pandemia.”
As
redes na comunicação dos empreendimentos
“Antes, era muito
difícil divulgar alguma coisa, O investimento era muito alto. Agora é imediato,
estar na rede é acessível para todos. As agendas fechadas no Facebook, por
exemplo, têm muita troca de informações de fornecedores. Funcionam. Acredito
que as pessoas estão se informando e consumindo pelas redes sociais.
Faziam uma brincadeira comigo na família
– ‘Nellie, vem pro face’ – e eu só fui descobrir isso agora. Para o pequeno
empreendedor, como eu, são fundamentais. As próprias redes estão divulgando
como fazer para tirar o melhor proveito delas.”
Atuar
em várias frentes: fotografia de casamento e família, montagem de memórias e
álbuns e o Gerobusca toma o tempo de Nellie. Mas qual frente demanda mais agora
na quarentena? “Fazer almoço!”, respondeu ela de bate e pronto.
Falando
sobre as atividades, contou qual exige mais: “Em 2015, no projeto Nascidas em 55,
fotografei mais de 440 mulheres de 60 anos de todas as classes sociais e fiz
uma exposição no Unibes Cultural. Após 5 anos, volto com a ideia, usando
conceitos de fotografia terapêutica. Curar esse projeto demanda bastante, por
causa do isolamento social. As fotos são geradas pela própria personagem e chegam
pra mim, muitas vezes, sem a definição necessária. Mas não descarto ninguém
porque o projeto trata exatamente da autoestima das pessoas!”
E
os projetos não param por aí. Nellie está produzindo um vídeo com quase três
horas de duração sobre a história de uma família, como parte do Gerolero (https://gerolero.com.br/), que usa para a
fotografia terapêutica, arquivos de família, de fotos, de documentos e arquivos
físicos, que organiza e digitaliza. Participa ainda do projeto Cineklic –
iniciativa com o filho, Jorge Kremer.
Aos empreendedores
recomenda:
1º Saiba o público
que você quer atingir para definir onde você vai atuar. E esteja estar ligado, na frente, senão ninguém te
enxerga. Tem que ser vista.
2º Contrate um
profissional para fazer a sua comunicação.
3º Tenha paixão pelo
o que faz. É uma bênção fazer o que a gente gosta.
Parabéns,
Nellie, sua energia é contagiante!
Excelente, que linda trajetória de vida e de profissão!
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